O que é computação distribuída?

Explicando computação distribuída de maneira bem simples. Imagine várias máquinas, realizando a computação de algo, em partes. Cada uma utiliza seu poder computacional para fornecer a resolução de parte de um problema maior, e juntas elas conseguem resolver um problema maior e mais complexo.

Agora, conseguir realizar isto de maneira eficiente e eficaz, é outra história, pois que há diversos fatores a serem considerados. Primeiro, como vamos dividir essas tarefas? E se um computador não estiver disponível para realizar a tarefa? E se ele começou a computar e parou no meio, mandamos para outro computador? E se ele retomar essa tarefa?

Esse problemas são recorrentes, porém projetos como Boinc e o Bitcoin conseguiram contornar grande parte dessas barreiras.

E porque isso importa?

Pode parecer claro, as vantagens que isso trás, primeiro, a descentralização do poder computacional, ou seja, diversas pessoas, em diversas localidades, em diversas máquinas, são as que mantem essa rede e esse poder computacional de pé. Dificultando assim, uma centralização e um ataque direcionado, tornando a rede mais livre e segura.

We gotta take the power back!

É exatamente por isto que o Bitcoin é tão revolucionário, ele permite que as pessoas tenham o poder de terem seu dinheiro em suas mãos, ou melhor, em seu hardware.

Servidores servem bem, mas a quem?

Comprar um servidor é caro e mantê-lo ligado 24/7 custa uma grana em energia elétrica, por isso que quanto maior seu capital financeiro, maior seu “parque de servidores”. Google, Amazon, Microsoft, e outras grandes empresas, não dominam atualmente o mercado de cloud à toa, tem que ter um bom capital para entrar nesse mercado.

Porém, nas últimas décadas temos visto cada vez mais, computadores pessoais, celulares e wearables nas mãos de meros mortais, como nós. Utilizamos o poder computacional desses devices para rodar aplicações que facilitam no dia-a-dia ou que ajudam a nos escapar do tédio, mas esquecemos que este poder computacional é equivalente ao de supercomputadores na década de 80/90.

O que podemos fazer com o poder de processamento ocioso?

Hoje utilizamos mais a nossa CPU e GPU para fazer mineração, já que é necessário um grande poder computacional para realizar os cálculos, mas também há a opção de alugar aquele espaço disponível no seu Disco Rígido, Storj por exemplo, para outras pessoas utilizarem.

O que vem agora?

O blockchain é tão comentado nos últimos anos, porque, sintetizando muito, o que ele faz é, dar acesso a todo o mundo a um banco de dados aberto, imutável e descentralizado. O Ethereum sacou bem isso e criou um Token para ser utilizado em contratos, contratos que podem ser modificados e utilizados de acordo com sua vontade. Isto, também é revolucionário. Desburocratizar e universalizar o acesso é a promessa para o futuro.

Todo mundo se espanta ainda com a rapidez que o smartphones entraram em nossas vidas, com o IoT (internet of things) chegando forte no futuro e as pessoas possuindo cada vez mais hardware, não me espantaria se em um futuro próximo tivéssemos hardware com aplicativos dedicados para blockchains.