Nota: Esse post é opinativo, não tome escolhas da sua carreira baseado na opinião de terceiros, o que descrevo nesse artigo é minha visão de mundo neste momento, a qual pode mudar a qualquer hora, sem autorização prévia de ninguém.
Quando entrei na área de TI, uma das coisas mais interessante que eu via era a possibilidade de trabalhar como PJ. Das vantagens imediatas são a diminuição dos custos da CLT tanto pelo lado do trabalhador como do empregador e a transferência destes custos como remuneração para o prestador de serviço.
Como média do mercado, o PJ deveria receber no mínimo 40% a mais do salário de um CLT, para valer a pena. Porém, mesmo com esse 40% a mais, para ficar no 0 a 0, sempre me perguntei o que era mais vantajoso.
Este artigo, sem fontes, nada mais é do que minha tentativa de responder as minhas próprias dúvidas e questionamentos.
Aposentadoria, todos almejamos ela, com o maior valor o mais rápido possível, o problema é que atualmente (2022), pelo sistema de repartição, o INSS é uma pirâmide insustentável ao longo prazo. Portanto, é bem provável que o sistema sofra reajustes no futuro, a questão que eu vejo aqui é: Devo me arriscar a pagar um alto valor em uma previdência pública?
Como a pirâmide etária do Brasil está encolhendo, já que as pessoas estão tendo menos filho e o Brasil não possui uma política de imigração forte, a força de trabalho deve diminuir, com isso as contribuições para o sistema previdenciário devem diminuir também. O risco está aí, será que o Governo conseguirá pagar a previdência? Será que a regra não deverá mudar e a idade mínima será 70? 80? O teto diminuirá?
Para mim, as respostas para todas essas questões, me vem um provável sim. Ponto para PJ então? Talvez, PJs também correm o risco de se acidentar, dependendo no nível do acidente você vir a ter uma invalidez permanente, assim se você estiver em uma boa faixa no INSS, conseguirá se aposentar com mais tranquilidade do que alguém que esteja pagando o mínimo do INSS como PJ.
Claro que também depende da reserva financeira que você já tenha ganho como PJ. Novamente, vale ponderar quais riscos você está disposto a tomar.
Neste caso, eu ainda arrisco com o valor integral no INSS, acredito que uma dissolvência total da previdência pública acabaria em muitas revoltas sociais, reformas são bem prováveis de ocorrerem, mesmo assim, acho um risco maior estar fora do INSS do que dentro dele.
A meu ver, atualmente, esse é um fator que vale muito a pena por na mesa quando falamos entre CLT vs PJ e que quase ninguém toca no assunto.
Primeiro, planos individuais de saúde estão cada vez mais difíceis de encontrar e cada vez mais caros. Claro que como PJ, você deve conseguir algum desconto, mas nada comparado com o desconto do plano da empresa que estiver te contratando, no caso de uma média, grande empresa. No caso de uma micro ou pequena empresa, talvez aqui o PJ seja de fato uma boa.
A outra opção como PJ é você depender do SUS, o que para você, dependendo do seu momento profissional pode ser uma boa.
Outra vantagem do CLT neste quesito, é a possibilidade de você manter o plano de saúde caso esteja há mais de 10 anos na empresa antes da sua aposentadoria, o que pode significar uma grande economia a longo prazo.
Novamente, vejo uma vantagem como CLT neste caso, já que o custo do plano é repartido a todas as pessoas da empresa e você pode manter o plano após 10 anos de empresa, porém, PJ permite que você escolha qual plano deseja, no caso de você querer colocar seus pais, ou avós no seu plano, como PJ basta escolher o plano que atenda isso, como CLT pode não ser possível dependendo da empresa.
O primeiro custo que você terá como PJ, é o contador, o segundo é o custo de oportunidade, o tempo que você vai gastar lidando com contabilidade em vez de gastar este tempo com outras coisas.
Como PJ é bem provável que você consiga diminuir a mordida do leão sendo uma empresa, neste ponto, é uma bela de uma vantagem.
Neste ponto, como CLT, é aceitar, tem muito o que fazer não, rs.
Para mim, FGTS compensa apenas para quem não tem certo controle financeiro, neste caso, realmente CLT é para você sem sombra de dúvida. Fora isso, FGTS só serve como uma proteção caso seja demitido sem justa causa. Outro ponto, é caso você deseje muito ter sua casa própria, aqui pode ser vantajoso também.
Outro ponto que como PJ, há vantagem.
Aqui CLT volta a brilhar, férias de 30 dias, feriados, porém como PJ, isso pode facilmente incluído em um acordo, provavelmente você não será remunerado nos dias de ausência, mas planejando bem, você pode curtir a suas férias sem problema.
Além de ter como vantagem de tirar apenas os dias necessários para sua viagem e não ficar tendo que encaixar suas férias no período fechado da CLT.
Aqui é uma empate, porém com tendência favorável a CLT pela questão dos feriados.
Outros pontos que para mim são irrelevantes:
Como CLT ou PJ tanto faz, basta o valor está incluído na sua proposta.
Mesmo com as desvantagens financeiras que a CLT traz, os benefícios que ela traz também devem ser levadas em conta. Como PJ, às vezes, você fica muito isolado, não se sentido como parte do time, ou não criando um vínculo mais forte com a empresa, o que pode limitar seu crescimento lá dentro. Porém, pode ser uma ótima forma de dar um gás na sua vida financeira.
Claro, que antes de decidir sobre PJ ou CLT, não esqueça dos três pilares:
Se a empresa atende bem estes três pilares, é bem provável que ela só contrate CLT, mas no fim, quem deve decidir é você. Boa sorte.